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quarta-feira, 18 de maio de 2011

ANA DELFS: Lavar as mãos: um ato simples, econômico e que pode salvar milhares de vidas . Por Gisele Pavin

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Lavar as mãos: um ato simples, econômico e que pode salvar milhares de vidas . Por Gisele Pavin


De acordo com dados da UNICEF (United Nations Children’s Fund.), todos os anos as doenças diarréicas e infecções respiratórias agudas causam a morte de mais de 3,5 milhões de crianças menores de 5 anos no mundo. Sabe-se que no Brasil, cerca de 70% da mortalidade infantil concentra-se no período neonatal. As afecções perinatais representam a principal causa de mortalidade neonatal e respondem por cerca de 50% das mortes de menores de 5 anos. Boa parte dessas mortes poderia ser evitada através do simples hábito de lavar as mãos com sabonete e água, especialmente após usar o banheiro e antes de preparar os alimentos. Esta prática ajuda a reduzir em mais de 42% os casos de doenças diarréicas, e em quase 25% os casos de infecções respiratórias.


Entretanto, incentivar a lavagem das mãos em regiões onde há escassez de água potável e saneamento básico ainda é um desafio. No Brasil, a pesquisa “Hábitos de Lavagem de Mãos no Brasil”, de abril de 2010, realizada pelo IBOPE Inteligência mostrou que 1/3 das 277 entrevistadas não acha que lavar as mãos seja uma ação de boas maneiras. A pesquisa ouviu mulheres das classes sociais A, B, C e DE, em todas as regiões do Brasil, mães de crianças entre 4 e 12 anos. Dentre elas, apenas 25% afirmaram se importar em garantir que seus filhos lavem as mãos com sabonete depois de ir ao banheiro. A pesquisa mostrou a preocupação das brasileiras sobre a importância de lavar as mãos com sabonete antes das refeições, mas há a relutância de fazer isso de fato, deixando claro que esse não é um hábito de higiene usual. 
 
Vale lembrar que é recomendado lavar as mãos com sabonete no mínimo em cinco ocasiões – banho, após ir ao banheiro, antes do café da manhã, do almoço e do jantar. Em uma rotina comum, isso representa lavar as mãos com sabonete mais de dez vezes ao dia, no entanto, no Brasil, a média de vezes que as mães entrevistadas declaram que seus filhos lavam as mãos com sabonete é de cinco vezes.


Evidências sugerem que a higienização feita somente com água é significativamente menos efetiva para eliminar germes do que se utilizássemos sabonete. Entretanto, em média, apenas de 0% a 34% das pessoas utilizam sabonetes para lavar as mãos. O uso do sabonete agrega um valor ao tempo que se usa para lavar as mãos, uma vez que o produto elimina a gordura e a sujeira que contém a maioria dos germes, além de deixar as mãos com um odor agradável, criando incentivo para seu uso. Os sabonetes antibacterianos mostram-se os mais efetivos para eliminar os germes que causam doenças e se utilizados corretamente, tanto a barra e sabonetes líquidos são igualmente eficazes na limpeza e na remoção de germes.

Dessa maneira, lavar as mãos é um ato saudável e multiplicar este gesto também!

1. Molhe as mãos e os pulsos com água;

2. Aplique sabonete até cobrir toda a superfície das mãos;

3. Esfregue as mãos com a palma direita sobre a mão esquerda, e vice-versa;

4 - Entrelace os dedos e esfregue bem o espaço entre eles, incluindo os polegares;

5 - Lave bem o dorso das mãos, os pulsos e os espaços debaixo das unhas, eliminando qualquer sujeira mais resistente;

6 - Deixe as mãos ensaboadas durante 15 segundos;

7 - Enxague bastante com água corrente;

8 - Seque as mãos com a toalha (em casa), ou com uma toalha de papel descartável;

9 - Se estiver na rua, o ideal é que você use uma toalha de papel para fechar a torneira. Evite tocar na pia.

" Para verificar a bibliografia consultada entre no site http://www.abran.org.br/  você vai ficar paralisado com tanta informação boa que tem lá. É sobre nutrologia, fantástico !"

quinta-feira, 12 de maio de 2011

FILHOS TERCEIRIZADOS - por Varuna Viotti , pedagoga


O que é mais importante no relacionamento pais e filhos: quantidade ou qualidade de tempo?

Pesquisas indicam que esta relação está totalmente deficitária tanto na quantidade quanto na qualidade.

Com a entrada cada vez maior da mulher no mercado de trabalho e também com um mercado bastante competitivo, tanto pais quanto mães passam hoje, um tempo totalmente inadequado com seus filhos, tanto na quantidade quanto na qualidade.

Este processo social e cultural dos nossos tempos parece ser irreversível e especialistas em educação de crianças levantam um sério questionamento das conseqüências desta ausência cada vez maior dos pais na vida dos filhos. Alguns estudos indicam que em alguns países este contato se restringe a seis minutos por dia.

Com uma quantidade desta de tempo não se pode pretender qualquer tipo de qualidade também.

Em países bastante desenvolvidos a licença maternidade dura até três anos e isto indica o quanto os governantes destes países se preocupam com a qualidade de educação de suas populações.

No primeiro ano de vida de uma criança, a presença da mãe é essencial. Até próximo de dois anos a ela se considera praticamente como uma continuidade dos pais e, especialmente da mãe. Não tem ainda uma noção clara de sua individualidade e, é exatamente nesta faixa etária que os cuidados dos pais e os vínculos criados com a mãe são essenciais. Toda criança deveria ter o direito de ter a mãe por um ano dedicada a ela. Todo o seu desenvolvimento nesta fase depende totalmente dos cuidados de um adulto e, vínculos afetivos são essenciais para um pleno desenvolvimento infantil.

O que acontece hoje, é que estes vínculos estão sendo cada vez mais terceirizados.

Como tem que voltar a trabalhar após quatro meses de licença, o vínculo que a criança está criando com a mãe passa aos quatro meses para outra pessoa (avó, babá, creche). Nem sempre dá certo uma determinada babá ou creche e assim, este bebê muitas vezes passa por vários adultos diferentes, o que dificulta a criação de vínculos emocionais tão importantes para o seu desenvolvimento emocional e afetivo.

É claro que a realização da mulher como profissional é importante e necessária para que ela esteja feliz e possa ter uma boa relação familiar mas uma mulher que trabalha o dia inteiro dificilmente terá a disponibilidade necessária ao fim do dia para ter uma boa qualidade de tempo para seus filhos.

O ideal é que a mulher enquanto mãe de crianças pequenas trabalhe apenas meio período, o que muitas vezes é impossível por causa do salário necessário para o orçamento familiar.

Restam então algumas alternativas que minimizem um pouco este problema que afeta diretamente a educação e a qualidade de vida de nossas crianças.

A primeira delas é a negociação das mulheres no trabalho para ficarem pelo menos seis meses em licença maternidade o que a lei hoje permite através da negociação entre mulheres e empresas.

A segunda alternativa, se o orçamento familiar permitir é que a mulher negocie também com a empresa a possibilidade de trabalhar meio período mesmo que isto implique numa redução de salário se a estrutura familiar permitir.

A terceira maneira de diminuir a ausência dos pais na educação dos filhos é a presença e a participação maior do pai nas tarefas domésticas e nos cuidados com os filhos. Dividir responsabilidades melhora a qualidade do relacionamento de ambos com seus filhos.

Os pais precisam também montar um esquema de rotina diária que permita o máximo possível de contato com os filhos; se for possível voltar para almoçar e levá-los à escola por exemplo. Quando chegarem em casa, antes de realizar qualquer tarefa devem dar atenção aos filhos mesmo que seja para sentar e brincar por meia hora antes de tomar banho ou arrumar o jantar. Quando a criança sente esta disponibilidade nos pais logo ao chegar em casa ,ela aceita muito mais fácil limites e regras colocados por eles.

Finalmente, os pais devem entender que compras e consumismo podem aplacar suas culpas mas não substituem carinho, afeto, diálogo e brincadeiras com os filhos.

Se o tempo é curto, é preciso que os pais entendam que necessitam criar o máximo de qualidade possível neste tempo de relação com os filhos.

Caso não tenham esta disponibilidade é melhor pensarem bem antes de terem filhos porque algumas pessoas realmente não têm esta vontade tão forte dentro de si e apenas os têm para cumprir um papel social.

Filhos não são bonecos que podemos comandar como quisermos e exatamente por isso, temos que querê-los de fato em nossas vidas. Enchê-los de atividades para ocupar o seu tempo além de estressar a criança faz com que ela sinta que os pais não têm de fato vontade de estar com ela . Vínculos entre pais e filhos devem ser criados nos primeiros anos de vida para que futuramente, na adolescência e juventude eles realmente reconheçam nos pais pessoas que devem lhes colocar regras e limites porque sempre lhes deram amor .

Varuna Viotti Victoria pedagoga
diretora da Escola Nosso Ninho e minha mentora