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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

RESPIRADOR BUCAL - por Dra. Thaís Stéfani Fortinguerra



O que a cabeça tem a ver com os pés? Tudo. E não só com os pés, mas com todo o corpo. O inofensivo hábito de respirar pela boca, por exemplo, pode levar à queda de até 30% na performance física. Isto porque diminui a oxigenação do sangue e, assim, a capacidade aeróbica, contribuindo para as lesões musculares, além de provocar ou agravar a asma, dar sonolência ou agitação. Também muda a estrutura do céu da boca, da arcada dentária e da musculatura da face, que no conjunto correspondem às disfunções da articulação têmporo-mandibular (ATM). São alterações que acabam por interferir decisivamente na postura do indivíduo.
As crianças que respiram pela boca acabam respirando mais rápido que as demais, se expondo mais às impurezas do ar. É que, ao longo de bilhões de anos, o sistema respiratório humano foi se adaptando para proteger o organismo destas impurezas, mantendo o equilíbrio das trocas gasosas com o meio externo.
O nariz aquece, umidifica e limpa o ar que respiramos, o que não acontece quando o ar entra pela boca. Em conseqüência, as amígdalas e adenóides e todo o trato respiratório ficam irritados, abrindo caminho para crises de asma, bronquite, rinites, otites de repetição, resfriados freqüentes, sono agitado.
Se o hábito de respirar pela boca não for identificado nos primeiros anos de vida, a criança altera e compromete o padrão do corpo como um todo: o céu da boca se estreita, os lábios ficam entreabertos de forma a deixar a musculatura da face flácida, aumentando a incidência de cáries. Também são verificados problemas de deglutição dos alimentos, sendo comum à preferência pelos líquidos e pastosos ao invés do alimento sólido.
Numa reação em cadeia, até o posicionamento da língua se altera, prejudicando a fala e levando a uma mudança no posicionamento da mandíbula. Favorece a postura de crianças com ombros caídos, retificação da coluna cervical (o pescoço fica esticado para frente) e o diafragma fica com o tônus aumentado. Isso desorganiza e desestrutura a postura, favorecendo os desequilíbrios. Sendo assim, o atleta ou qualquer pessoa que pratica uma atividade física, como karatê ou ginástica, costuma se machucar com maior facilidade.

Como identificar:

*  Pessoa que apresenta sonolência diurna
*  Quem ronca, baba ou dorme de boca aberta
*  Quem sempre está com a boca entreaberta
*  Não tem resistência para correr
*  Criança irritada ou quieta demais
*  Desempenho físico diferente dos colegas
*  Infecções freqüentes (resfriados) e presença de catarro.


Mas, afinal, por que se respira pela boca?
Existem algumas razões básicas pelas quais a criança pode ter dificuldade na respiração nasal, e substituí-la pela respiração bucal:
·       Falta de amamentação no peito materno;
·       Uso de chupetas, mamadeiras e outros hábitos orais inadequados;
·       Aumento das adenóides;
·       Aumento das amígdalas;
·       Alergias (rinite, sinusite).

Fique de olho na boca:
Ao perceber que seu filho respira pela boca regularmente, leve-o para ser examinado por um dentista (ortopedia funcional dos maxilares), por um fonoaudiólogo ou médico de sua confiança. Estes profissionais estão capacitados para diagnosticar, orientar e indicar o melhor tratamento. O tratamento parte da conscientização da respiração nasal e a importância do uso do nariz e do fortalecimento da musculatura oral.
É imprescindível a orientação à família quanto à mudança de comportamento ao dormir e o tipo de alimentação, que deverá conter mais alimentos sólidos, melhorando a hipotonia dos órgãos fonoarticulatórios

Formas de tratamento:
Por ser uma doença complexa, exige atuação interdisciplinar:
·       Odontologia (ortopedia funcional dos maxilares): prevenir, interceptar e tratar as maloclusões;
·       Fonoaudiologia: restabelecimento do padrão respiratório, prevenir e tratar os distúrbios da comunicação (fala, voz, escrita);
·       Medicina: tratamento das alergias e desobstrução das vias aéreas superiores;
·       Fisioterapia: corrigir alterações de postura;
·       Psicologia, psicopedagogia.
Qual a melhor idade para iniciar o tratamento ortopédico?
O mais precoce possível, por volta dos 2 anos de idade já deve ser feita uma avaliação pelo dentista para orientação e prevenção,  e o tratamento com aparatologia (aparelho) a partir dos 3 ou 4 anos. Quanto mais cedo se inicia o tratamento, melhores serão os resultados e menores ou inexistentes serão as conseqüências futuras (uso de aparelho fixo, cirurgia ortognática), sem contar na qualidade de vida que será proporcionada a seu filho. 

Dra. Thaís Stéfani Fortinguerra
Dentista – Especialista em Ortopedia Funcional dos Maxilares (crianças e adultos)
Av. Barão de Valença ,616 sala 02  Vila Resende
Telefone: 3413-7843.